O transporte de cargas pode ser feito através de cinco modais. Confira:
Transporte aeroviário: Utilizando aeronaves, esse modal é o mais usado para transportar pequeno volume de cargas de produtos de alto valor agregado e pouco peso. Aqueles que exigem segurança e emergência de entrega entre destinos distantes em curto prazo de tempo.
Transporte aquaviário: Utilizando balsas, barcaças e navegação de cabotagem (porto-a-porto na costa) ou através dos oceanos, em grandes navios, esse modal é muito usado para transportar cargas de grande volume e peso. Geralmente, este carregamento também é conhecido por aquático ou hidroviário e é fundamental para o comércio internacional.
Transporte dutoviário: Utilizando dutos ou tubos, esse o modal, já que se trata de uma demanda específica, de cargas gasosas ou líquidas entre médias distâncias. Ele é menos conhecido, exige a construção de infraestrutura fixas e costuma ser bastante utilizado no transporte de cargas denominadas como perigosas ou energéticas, como gás natural, petróleo e combustíveis.
Transporte ferroviário: Utilizando trens, ferrovias, trilhos e estações, esse modal da transportação férrea, é usado para o carregamento de volumes grandes entre maiores distâncias terrestres. É muito utilizado nos países desenvolvidos, cuja infraestrutura fixa foi desenvolvida durante muitas décadas.
Transporte rodoviário: Utilizando caminhões de todos os tamanhos e até pick-ups e vans e automóveis, é o mais utilizado para transporte em âmbito municipal e nacional para transportar mercadorias de pequeno a médio porte. Esse modal é ideal para distâncias que variam de curtas a médias para transportar os mais variados tipos de mercadoria. Tem grande flexibilidade, pois se utiliza da infraestrutura de rodovias de transporte de passageiros, inclusive urbana.
Como vimos, existem diferentes modais de transporte de carga que atendem às mais diferentes especificações, tais como volume, tamanho da carga, velocidade de entrega e, claro, custos. O setor de transporte de carga está em constante transformação. Inovação tecnológica, aumento no transporte colaborativo e melhora na infraestrutura, local e regional, são alguns dos fatores que levaram a essa transformação.
No Brasil, cerca de 60% da carga é transportada em rodovias. Segundo dados de 2015 do Plano Nacional de Logística, a dependência do país ao transporte de cargas por caminhões é a consequência de um processo histórico.
As rodovias brasileiras foram em geral construídas na direção oeste-leste e ao longo da costa, para propiciar tanto a exportação de bens agrários ou minerais quanto a importação de bens de consumo. A mudança deste paradigma se iniciou gradualmente na década de 1970-1980, mas só decolou de vez a partir dos últimos vinte anos com a integração norte-sul de rodovias.
As principais vantagens do transporte rodoviário são a comodidade e a capilaridade, ou quando a carga a transportar não é muito pesada ou de alto volume. Com o caminhão é possível transportar carga de uma forma fracionada ou dividida e com entrega de ponta a ponta. Além disso, a manutenção do transporte rodoviário tem um valor bem abaixo dos demais tipos de modais. Porém, a dependência no modal rodoviário tem se mostrado perigosa para o país após a grande greve dos caminhoneiros de 2018 e das pressões políticas que foram geradas após esta.
Apesar da predominância do transporte de cargas por meio rodoviário, a produção ferroviária, medida em toneladas versus quilômetros úteis (tku), o principal indicador para verificar como o modal se comporta na matriz de transportes, passou de 182 bilhões de tku, em 2003, para 292 bilhões de tku em 2011, um crescimento 60,4%. Segundo a ANTT, os investimentos na rede aumentaram de R$ 1,8 bilhão, em 2006, para R$ 4,9 bilhões em 2011, um aumento de 172%. Nos anos recentes, o aumento relativo no transporte ferroviário por meio de concessões aumentou em muito neste modal, principalmente a integração da Região Centro-Oeste.
Um modal que ainda é pouco aproveitado no Brasil apesar das enormes bacias hidrográficas existentes no Brasil é o aquaviário, com cerca de 1% do total, apesar de ter menos custos e ser mais seguro e menos poluente.
Excetuando as bacias que permitem o transporte de barcas e barcaças, muitos rios não são navegáveis. Portanto, sua inflexibilidade limita seu uso. Apesar disso, o Ministério de Minas e Energia (MME), por meio da Empresa de Pesquisa (EPE), em parceria com o Ministério de Infraestrutura, já colocaram em concessão novas rotas que dependem de investimentos em dragagens e construção de bases de atracação e apoio.
Finalmente, o transporte dutoviário é muito importante para o país, principalmente por reduzir os custos nos transportes de combustíveis, necessário para o funcionamento de todos os outros modais de transporte. Além de diminuir o tráfego de substâncias perigosas e a incidência de desastres ecológicos, o sistema dutoviário é bastante seguro e pode transportar grande quantidade de carga (embora transporte pouca variedade de produtos) por longas distâncias. Este modal é bem econômico uma vez que apresenta baixo custo operacional de transporte e de energia, no entanto, as desvantagens do transporte dutoviário são: considerado um transporte em relação aos outros, além de apresentar pouca flexibilidade de destinos e de produtos.
(Fonte: CBIE)